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Sobre o "Além do que os Olhos Podem Ver" do Oficina G3
O trabalho é muito bom. Supera todos os anteriores.
As primeiras faixas têm mais peso. As bases são de thrash, com um vocal de heavy. A três, porém, tem passagens, no vocal, que ultrapassam aquilo que a professora Olga Ribeiro chama de "ponto de dignidade da voz", o que não é aceitável num heavy que preza pela base erudita.
Forte a entrada da quinta; a sete, uma balada de letra reflexiva; a oito singular, forte veia de blues nos improvisos de Déio Tambasco e uma letra profética, que proclama o retorno do Messias. Todavia, destaque para a faixa doze, um clássico do heavy metal!
Os improvisos de Juninho estão brincadeira nesse trabalho: passagens límpidas, na velocidade da luz! Muito bom! Excelência de verdade!
Deus distribui sabiamente os dons. Às vezes, o músico recebeu o dom de ter destreza no instrumento, mas não o de compor. Há muitos músicos que têm grande habilidade, mas não são tão conhecidos, pois não compõem bem. Outros, porém, sabem poucas notas, mas compõem bem...
São mais raros, porém, os casos como o de Juninho Afram, que tem muita destreza no instrumento, muita técnica, muito feeling, feeling para compor, e ainda tem bom vocal, e vocal pra heavy metal... Juninho é um músico completo!
E esse é um daqueles trabalhos que vale a pena adquirir!
